Tanto tempo mãe para cá estar
para tratar da vida
para tratar da morte
para tratar de tudo.
Tanto tempo mãe com o tempo todo mudo.
Tanto tempo mãe tanto de tudo.
Quero exilar-me mãe
quero tratar
não me quero matar
quero a morte quando for morte
só quero a morte à dita sorte
de estar escrita na vida
mãe seja predita e diga-me mãe
para que foi tanto cansaço
tão pouco espaço
tanta falta de espaço
na vida.
Mãe, só a vida.
Vida, vida.
domingo, setembro 16, 2007
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
6 comentários:
sem palavras, alex.
a minha mãe faz hoje 79 anos. o alzheimer reduziu-a a uma sombra. ficou tanto por dizer, por perceber. reconhece-me, mas já não sabe quem eu fui, muito menos quem hoje sou.
uma altura houve em que soube. memória que se guarda, dentro.
no infortúnio, a dor, os desencontros/saudades, a coragem também...
beijo grande, alex.
obrigada, m.
abraço, alex.
abraço, maggie.
Enviar um comentário