domingo, agosto 26, 2007


assim pousadas nos fios eléctricos, fazem-me lembrar pautas, claves de sol e notas de música salpicadas no céu. ainda andam por aí, apesar de este ano terem chegado cedo e os dias cálidos ameaçarem findar demasiado depressa. ao vê-las, trauteio mentalmente a canção andorinha negra do efémero agrupamento lua extravagante (vitorino, janita salomé, filipa pais):



Num belo dia, voltou outra vez
já me tardava a frescura em flor,
dos malmequeres dos Maios que perdi,
tímido cravo deixo leve odor...

Mesmo que tarde, sempre esperarei
da andorinha o cantar renovado
no meu beiral todo o ano guarde:
afectos para te ter ao meu lado

Lá pra Setembro, quando o sol mudar
dirás "Adeus porque me vou embora"
negras as asas, negro é abalar
guardam-se as mágoas, pela vida fora

4 comentários:

Anónimo disse...

que fotografias fixes!

bookworm disse...

curto muito andorinhas. este ano, já tinha conseguido fotografar uma ao longe, com zoom, logo quando começaram a aparecer, mas estas fazem parte de uma série em que pude fotografar mesmo de perto. :)

acho que deves ter comentado antes de eu acrescentar o texto, mas não faz mal, é só uma tentativa esforçada da minha parte para vencer a preguiça e o bloqueio da escrita e deixar de ser tão lacónica. ;)

© Maria Manuel disse...

sim, comentei antes do texto.
não sei se serás lacónica... lol. pelo menos, não o és ao comunicares através da partilha de textos, imagens, sons de que tu gostas...

mas penso entender o que queres dizer e sei também o que é isso do bloqueio da escrita.

só te posso dizer que gostei de te ler! :)

bookworm disse...

thanks. ;)