Um compasso de espera
tão longo e musical
por estrelas destas a tocar-me o rosto
E aprender a aceitá-las,
e eu ser um céu imenso onde elas se pudessem passear,
encontrar uma casa,
um pequeno silêncio
de folhas,
e poeiras, e cometas.
Na desordem mais cósmica
das coisas,
organizar inteiro:
o coração.
Porque, a tocar-me o rosto,
o tempo das estrelas
será sempre,
mesmo que tombem astros,
ou outras dimensões se lancem
em vazio,
ou raízes de luz se precipitem
do nada mais atónito.
Terá valido tudo
a desordem do Sol,
terá valido tudo
este lugar incandescente
e azul.
Porque, a tocar-me o rosto,
agora,
e em silêncio tão terreno:
paraíso de fogo:
estas estrelas
transportadas em luz
nas tuas mãos
Ana Luísa Amaral
Tim Cook
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